Entre janeiro e julho deste ano, o agronegócio faturou cerca US$ 95 bilhões com exportações, correspondendo a quase metade de todo o valor que o Brasil conseguiu no mercado externo. Em todos os anos de 2013 a 2022, a participação do setor nas vendas para outros países não ficou abaixo de 43%.
As informações são de um levantamento realizado por Oeste, cruzando dados do Ministério da Economia. De janeiro de 2013 a julho de 2022, o agronegócio faturou aproximadamente US$ 1 trilhão com exportações. Esse montante corresponde a 45% de tudo que o Brasil arrecadou no mercado externo durante o mesmo período.
Do montante correspondente ao agro, cerca de 60% vêm com produtos da agropecuária, ou seja, da produção no campo. O restante passa por cadeias de transformação e beneficiamento, como, por exemplo, a fabricação de produtos embutidos, couro, óleos e outros.
Nesses dez anos, o complexo soja figurou como o carro-chefe da balança comercial. O segmento aparece com 35% da quantia lucrada durante esse intervalo. Com 16%, as carnes ocuparam a segunda posição. Desse modo, os dois itens responderam por mais da metade de toda a soma.
São Paulo foi o Estado que mais lucrou com as exportações do agronegócio, somando quase US$ 174 bilhões no período. No top 5, também estão Mato Grosso (US$ 165 bilhões), Paraná (US$ 130 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 120 bilhões) e Minas Gerais (US$ 85 bilhões).
Cerca de 200 nações receberam produtos do agronegócio do Brasil entre janeiro de 2013 a julho de 2022. Mais da metade das compras foi feita por três clientes: China (quase US$ 300 bilhões), União Europeia (US$ 170 bilhões) e Estados Unidos (US$ 70 bilhões).
Revista Oeste