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Agronegócio tem que se unir para mostrar lado positivo, dizem líderes

Representantes do agronegócio brasileiro afirmam que o setor deve comunicar melhor seus pontos positivos para a sociedade – tanto no País quanto fora – em meio à crise de imagem do País quanto ao meio ambiente.

O presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesário Ramalho, afirmou durante a live “A questão ambiental e as exportações do agro”, promovida pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA): “Imagem do Brasil está péssima. Precisamos juntar todos. Nós fazemos a agricultura mais sustentável do mundo, 70% da nossa energia é limpa. E como não conseguimos vender?”, indagou. “Está claro que temos que ter um grande embaixador do agronegócio brasileiro para falar que prezamos a sustentabilidade. Eu nunca vi um momento tão preocupante quanto o atual”, disse.

Ele lembrou que o problema de imagem acontece apesar de uma boa fase em termos de preço, de produção e de acesso a mercados. “Se lermos os jornais de hoje, está cheio de reportagens sobre fundos retirando investimentos do Brasil, sobre o estrangeiro perdendo interesse na nossa bolsa de valores”, afirmou.

O diretor do grupo Tereos no Brasil, Jacyr Costa, lembrou que o País tem 80% da matriz energética renovável, e que o ar da cidade de São Paulo, por exemplo, está mais limpo hoje do que em 2000 por causa do maior uso de biocombustíveis. “Temos muita história para contar”, afirmou. “Temos que promover debate, mas só isso não é suficiente. Talvez esteja na hora de colocarmos a mão no bolso e promovermos, através de um grande projeto, ainda que sem a participação do governo, e nos unirmos.”

Já o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja-Brasil), Bartolomeu Braz Pereira, afirma: “Não podemos deixar nosso discurso interno junto com organizações que não conhecem a realidade da produção brasileira. O campo tem qualidade de emprego, nas principais cadeias, talvez até maior do que o urbano”. Para Bartolomeu, os representantes precisam se organizar “e levar informações das coisas boas, porque o Brasil tem muita coisa boa para mostrar”.

O ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, diz que o Brasil está “perdendo essa guerra da comunicação”. Ele afirmou que ainda não houve retração significativa das importações, porém houve um caso, que já teria sido comunicado ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles: “Exportadores de limão receberam mensagem de compradores alemães dizendo que não iriam mais comprar do Brasil, iriam priorizar México por causa da destruição da Amazônia. Mesmo com a cultura de limão sendo bem longe da Amazônia”

Fonte: Brasil Agro

Postado em 5 de outubro de 2020

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