
Um dos setores que mais cresceu ao longo dos últimos três anos, o da exportação de carne bovina, alcançou novos recordes, apontou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) em seu último relatório mensal. As vendas externas de carne bovina alcançaram US$ 1,225 bilhão no mês de outubro de 2022, resultado 126% maior em relação ao mês de outubro de 2021 (US$ 541,6 milhões), quando as vendas para a China estavam suspensas.
De acordo com o comunicado divulgado nesta segunda-feira (7) pela Abrafrigo, o volume total exportado no mês foi de 234 mil toneladas, crescimento de 116% em relação a outubro do ano anterior (108,6 mil t).
No acumulado de janeiro a outubro, as exportações totais do produto cresceram 42% em receita, passando de US$ 8,009 bilhões em 2021 para US$ 11,37 bilhões em 2022, e 23% em volume (1,61 milhões de toneladas em 2021 para 1,985 milhões de ton. em 2022).
O crescimento das vendas de carne bovina no ano reflete parcialmente o aumento dos preços médios praticados em 2022, que foi de US$ 5.727,63/t (+15,2%).
Vale ressaltar, contudo, que os preços médios de exportação iniciaram tendência de queda a partir de junho/2022, quando alcançaram US$ 6.490,28/t, acumulando queda de 19,4% em 4 meses.
Supremacia chinesa com 1.054.281 toneladas de carne bovina
No caso da China, maior comprador da carne bovina brasileira, os preços médios de exportação passaram de US$ 7.311/t em junho de 2022 para US$ 6.100 em outubro de 2022 (-16,6%). Dessa forma, a gigante chinesa pagou preços médios de exportação de US$ 6.705,50/t ao longo do ano, com volume acima de 1 milhão de toneladas.
Neste ano, até outubro, a China proporcionou uma receita de importações de US$ 6,981 bilhões, contra US$ 3,875 bilhões no mesmo período em 2021. A movimentação foi de 1.054.281 toneladas de carne bovina, enquanto que, no mesmo período de 2021, as importações foram de 721.994 toneladas.
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