(84) 99828-4059
Sebrae topo

Contratações de crédito rural para 2020/2021 foram 48,8% maiores em julho

As contratações de crédito rural para a safra 2020/2021 em julho, primeiro mês do ano-agrícola, somaram R$ 23,9 bilhões, segundo dados do Banco Central compilados pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipea). O valor é 48,8% superior ao observado em igual mês do ano passado, no início da safra 2019/2020.

“A despeito do cenário econômico de maior incerteza e risco, decorrente dos efeitos adversos da eclosão da Covid-19 no país, não se identifica deterioração nas condições médias de contratação do crédito rural”, aponta o instituto em Carta de Conjuntura sobre o setor. Do total contratado neste início de safra, R$ 14,9 bilhões foi destinado ao custeio, alta de 38,1% ante julho de 2019, R$ 5,2 bilhões ao investimento, alta de 105,4%, R$ 1,8 bilhão à comercialização, alta de 16,7%, e R$ 2,0 bilhões à industrialização, alta de 69,2%.

Segundo os pesquisadores do Ipea, a queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, reduziu a necessidade de subsídios de equalização para os programas de crédito rural da nova safra. Do total contratado em julho deste ano, os bancos públicos originaram R$ 10,6 bilhões, alta de 35,9% ante julho de 2019, e os bancos privados R$ 6,1 bilhões, alta de 34,8%. As cooperativas, por sua vez, responderam por R$ 4,8 bilhões, alta de 33,7% ante o ano passado.

Vale destacar que, historicamente, o crédito rural é a principal forma de financiamento da atividade agropecuária e sempre contou com taxas de juros mais baixas que as do mercado, seja por contar com recursos obrigatórios de fontes de menor custo financeiro, seja por receber volume significativo de subsídios públicos de equalização”, lembra o instituto.

Em relação aos juros praticados neste início de safra, os dados do Banco Central reunidos pelo Ipea indicam uma taxa média de 6,3% ao ano, queda de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. Entre pessoas físicas, essa taxa registrou queda de 0,8 ponto percentual, para 6,6% ao ano, e entre pessoas jurídicas os juros médios ficou 1,7 ponto percentual menor, a 5,7%.

Segundo os pesquisadores, o atual nível das taxas de juros praticadas no crédito rural atingiram um piso quando considerados os custos bancários envolvidos na operação. “O atual nível das taxas de juros do crédito rural, notadamente ao tomador pessoa física, parecem ter alcançado seu piso, abaixo do qual medidas adicionais associadas a reformas que reduzam o spread bancário de maneira geral seriam necessárias”, avalia o Ipea.

Fonte: Globo Rural

Postado em 26 de agosto de 2020

No Banner to display