Bastaram as primeiras chuvas do ano para que a terra fosse cortada e preparada para receber as sementes no assentamento Hipólito, na zona rural de Mossoró. O chão molhado dá o sinal para o agricultor começar os trabalhos. Depois do trator, é a vez da matraca ser usada. É com a ajuda desse equipamento que as sementes de feijão vão para a terra. “Seu” Antônio Saraiva estava ansioso esperando pelo momento certo de começar a plantar.
Na área de um hectare, o plantio será de feijão. O agricultor usou quatro quilos de sementes. O milho será plantado em outra área maior, de três hectares. Toda a produção será para alimentar a família e complementar na ração dos bichos ao longo do ano.
Quem também começou o plantio foi Denilson Rocha. O jovem agricultor tem uma área que divide com o pai e outros familiares. Ele conta que a quantidade plantada este ano será menor que a de 2020. “Muita gente diminuiu o plantio de feijão e milho por causa da falta de chuva nos meses de janeiro e fevereiro”, explica.
Em Mossoró, o acumulado de chuva, até agora, foi de 144 milímetros. Para os agricultores, a chuva chegou atrasada, no fim do mês de fevereiro, início do mês de março. Segundo as análises meteorológicas, o período chuvoso deve ficar dentro da média histórica ou abaixo.
Na região Oeste, a média esperada de chuva é 479 milímetros. Um pouco acima da média estadual estimada em 432 milímetros até maio, quando se encerra a quadra chuvosa. Se as previsões vão se cumprir, só o tempo pode dizer. Enquanto isso, quem vive do campo e da promessa de dias sempre melhores, não perde a esperança de uma boa colheita.
Fonte: G1 RN