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A Comissão de Agricultura do Senado Federal realizou nesta quinta-feira (10) uma audiência pública com membros do governo federal para tratar do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). Entre os convidados estava o diretor de Programa do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luis Eduardo Rangel. Ele afirmou que a pasta não acredita, atualmente, em desabastecimento de fertilizantes ao menos para o início da safra 2022/23.
“Os fluxos de importação vêm seguindo mais ou menos as variações que nos permitiam dizer que a gente vinha sendo abastecido nos anos anteriores. Mas a situação de fato não é boa. A gente precisa de atenção de fato com essas interrupções […]. A palavra de tranquilidade que o Ministério da Agricultura pode dizer é que, acompanhando o cenário e ele se mantendo na forma que está, nós chegaremos sim à campanha [safra 2022/23] com fertilizantes”, declarou.
O diretor de Promoção de Energia, Recursos Minerais e Infraestrutura do Itamaraty, Alex Giacomelli, disse que, no caso específico da Rússia, até agora não há interrupções no fornecimento. No entanto, acrescentou que, devido à guerra com a Ucrânia, tem havido monitoramento diário das empresas desse setor.
“Segundo o que foi possível apurar, apesar das dificuldades, não há impeditivos absolutos ao comércio de fertilizantes da Rússia”, afirmou o diplomata. “Agora é importante fazer sempre a ressalva de que essa é uma situação que pode mudar a qualquer momento. A situação é muito dinâmica, por isso que nós temos a preocupação de acompanhá-la diuturnamente”.
No começo da sessão, o presidente da Comissão, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), comentou a atuação do governo até agora e disse também que a solução não deve ser rápida. “O fato é que não temos, pelo menos por enquanto, uma solução apresentada pelo governo para essa situação. Especialmente para este ano e para o próximo ano, a solução é a diplomacia comercial, buscando garantir o abastecimento com outros países produtores, além de torcer para que esse conflito no leste europeu não tenha uma extensão muito grande de tempo”.
Canal Rural