Nestes primeiros dez dias do mês de junho os preços do mercado de ovos vêm se sustentando, de acordo com o consultor em agronegócio do banco Itaú BBA, César de Castro Alves. Ele aponta que, ainda que a demanda esteja relativamente boa para um períoso pós Quaresma, a produção mais enxuta vem pesando mais neste movimento de manutenção de cotações em alta.
Na referência do Estado de São Paulo, segundo ele, a caixa com 30 dúzias ao produtor está cotada em cerca de R$ 143,00/R$ 145,00, enquanto no atacado chega a R$ 170,00/R$ 171,00, valores em torno de 20% a 30% superiores ao início de junho de 2021.
“Acredito que como as margens já se fortaleceram, não deve mais tanto espaço para reduzir a produção, mas a cadeia deve seguir ‘modulando’ a produção, ams sem exageros”, explica.
Em relação às margens, além dos preços terem se elevado, Alves pontua que os custos de produção, principalmente em relação à alimentação das aves, arrefeceram, apesar de seguirem em patamares altos.
“A safrinha brasileira deve vir boa, então acredito em uma disponibilidade de milho, mas sem quedas bruscas. Precisamos olhar como será o clima no desenvolvimento sa safra nos Estados Unidos, o que pode mexer com os preços no Brasil, e qual será, de fato, o ‘apetite’ da China quando começar a comprar o milho brasileiro”, disse.
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