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UPL e Fundação FIFA lançam desafio de descarbonização e pagamento por créditos de carbono

A discussão sobre frear o avanço das mudanças climáticas por meio da produção agropecuária sustentável chegou ao mundo do futebol. A princípio, a impressão é de que os assuntos não têm correlação, mas a parceria entre UPL e Fundação FIFA, anunciada nesta segunda-feira (11/10) em evento, no Palácio Tangará, em São Paulo (SP), mostra que o movimento de descarbonização do Planeta pode unir setores distintos em diferentes países.

Lançada no Brasil, na Argentina, Índia, Estados Unidos e três países europeus, a iniciativa chamada Gigaton Challenge pretende reduzir um bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente da atmosfera até 2040. Carlos Pellicer, COO global da UPL no Brasil, comenta que o volume a ser sequestrado é equivalente a dois anos de emissões de CO2 do Brasil.

De acordo com ele, a implantação de práticas conservacionistas e o sistema de sequestro de carbono devem ser aplicados em um milhão de hectares nos países participantes até 2024. “Há discussões sobre este mercado no mundo que podem chegar a 15 dólares por gigaton, então é uma possibilidade de chegar a 150 bilhões de dólares para produtores e outros envolvidos na cadeia”, projeta Pellicer.

A partir disso, o potencial é de impactar mais de 100 milhões de hectares globalmente a partir de 2025, e gerar pelo menos US$ 15 bilhões de receita adicional para os produtores rurais ao redor do mundo. E para que os números projetados virem realidade, a parceria com a Fundação Fifa é estratégia.

“O futebol é algo que agrada aos agricultores e queremos usar a Fifa, os jogadores de futebol, a habilidade da Fifa em ser ouvida, para penetrar a informação e chamar a atenção do produtor para a urgência da discussão climática”, diz o COO da UPL, ao admitir que a fundação também será uma facilitadora para acessar autoridades nos países.

Para o presidente da Fundação Fifa e ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, é necessário um esforço conjunto para a sustentabilidade estar em atividades do dia a dia da sociedade, como no ato de se alimentar. Durante o evento, ele reforçou o compromisso da Copa do Mundo de 2022, no Qatar, ter 100% das emissões de CO2 mitigadas.

“Estamos em parceria com cinco empresas de agricultura, que olham para discussões como a consumo de água e ‘empoderamento’ da produção de alimentos de forma sustentável”, ele citou. Também reforçou que engajar crianças e jovens faz parte do trabalho da parceria com a UPL.

Globo Rural

Postado em 13 de outubro de 2021

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