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Venda do Polo Potiguar será fechada este mês

Foto: Alex Régis/Release

A Petrobras deve finalizar as tratativas para vender o Polo Potiguar ainda em janeiro. A petroleira deve firmar o negócio com a empresa 3R Petroleum, que apresentou a melhor proposta de compra em agosto do ano passado, cujo valor final será de US$ 1 bilhão.

Em comunicado, a Petrobras informou que a transação de venda ainda deve passar pela apreciação de órgãos seus corporativos ainda em janeiro. O negócio aguarda a deliberação da diretoria executiva da petroleira e pelo conselho de administração.

Procurada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, em razão do sigilo contratual imposto pelo negócio, a Petrobras não pode informar o planejamento para a transferência da gestão do Polo Potiguar para a 3R Petroleum.

Também procurada pela reportagem, a 3R Petroleum também evitou entrar em detalhes sobre o processo de compra. “A 3R Petroleum não comenta negociações em andamento”, resumiu a empresa.

O anúncio da venda do Polo Potiguar foi feito pela Petrobras em agosto de 2020. A empresa decidiu ofertar a totalidade das participações na produção de petróleo, seja em áreas terrestres ou águas marítimas da Bacia Potiguar.

Em 27 de agosto do ano passado, a 3R Petroleum divulgou que a celebração da transação estava sujeita ao sucesso das negociações, além das aprovações corporativas necessárias e da anuência dos órgãos reguladores competentes.

O Polo Potiguar contempla um conjunto concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, incluindo a Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC). A estrutura oferta infraestrutura para processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural.

A estrutura compreende três subpolos (Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana), totalizando 26 concessões de produção, 23 terrestres e 3 marítimas. As concessões do subpolo Ubarana estão localizadas em águas rasas, entre 10 e 22 km da costa do município de Guamaré. As demais concessões dos subpolos Canto do Amaro e Alto do Rodrigues são terrestres.

A Refinaria Potiguar Clara Camarão tem capacidade instalada de 39.600 barris por dia. Há, ainda, três Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) com capacidade para 1,8 milhão metros cúbicos por dia (m3/dia) de gás natural. Vale lembrar que a Potiguar E&P venceu a chamada pública para fornecimento de gás natural realizada pela Potigás, distribuidora de gás que atende ao Rio Grande do Norte.

Para o presidente da Redepetro, que congrega empresas que atuam na produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte, comemora a proximdade do acordo da Petrobras. “O Polo Potiguar tem uma perspectiva enorme de aumento de produção, ou seja, a nova empresa vai colocar esses poços em movimento. Isso tende a aumentar a produção”, aponta.

Em 2021, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a bacia potiguar — que também inclui as vendidas — produziu 460 mil de barris de petróleo. O resultado representa uma redução de 3,3% em relação ao ano de 2020, que registrou 475,9 mil barris.

Pré-sal alcança 1,95 milhão de barris em 2021
A Petrobras registrou recorde anual de produção no pré-sal em 2021, ao alcançar 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volume corresponde a 70% da produção total da companhia, que foi de 2,77 milhões de boed no ano passado. O recorde anterior era de 2020, quando foi alcançada a marca de 1,86 milhão de boed, representando 66% da produção total da Petrobras.

A produção da Petrobras no pré-sal vem crescendo rapidamente, e o recorde registrado em 2021 representa mais do que o dobro do volume que produzimos nesta camada há 5 anos. Com a manutenção do foco de atuação nas suas atividades em ativos em águas profundas e ultraprofundas.

Em agosto de 2020, ao anunciar o desivestimento do Polo Potiguar, Petrobras informou, em nota, que coloria a produção offshore à venda – em sua maioria, campos maduros em águas rasas, além de alguns blocos exploratórios –, para investir na produção em águas profundas. No período do Plano Estratégico 2022-26, serão investidos US$ 57 bilhões no segmento E&P, sendo 67% desse total no pré-sal, que receberá 12 das 15 novas plataformas previstas para entrar em operação neste período e que deverá ser responsável por 79% da produção total da companhia em 2026.

Tribuna do Norte

Postado em 21 de janeiro de 2022

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